As vezes peço ao tempo, para um pouco, ou se acalme
porque não aguento mais. Nos últimos dias cheguei ao meu limite. Precisava
descansar de tudo que passava ao meu redor. Tirar de mim a sonolência e a exaustão
imensa. Meu coração não sabe por onde caminhar, entre a floresta verde clara
que andava agora caminho entre galhos secos que me machucam. Espinhos entraram em
minha pele e ali permaneceram. Sei que devo tira-los para que então cicatrize e
não me cause mais dor. Isso é o que faço agora. Tiro de mim tudo que tenho de
magoa ou decepção, não quero mais nada, nem que por segundos me lembrem você. Disso
me livro e dou outro passo. Tiro de mim todas as palavras que já escutei e que
ficaram até hoje em minha mente. Sento-me ao sol e o vazio que agora tenho
vazio dentro de mim e peço para que se preencha com luz que me traga energias unicamente
boas. Peço mais musica, peço mais amor. Peço carinho a esse coração carente. Peço
que o tempo se acalme e me deixe respirar.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Between notes and smiles
The
music was going through the walls of the room. The sweet melody he was playing on the
piano, had just been written by him. The notes reached my ears when I was
passing by the corridor. I slowed down and realized I was alone. It was
just him and his melody that were making me company. I took a deep breath,
opened the door and, without making any noise, I walked into the room. He kept
on playing, because he didn’t notice my presence. Quietly, I observed those
hands roaming those big, dark piano keys. Even without voices and lyrics that
would tell a story, I knew he was feeling something.
He
turned around and realized I was there, watching him. With that charming smile,
he invited me to sit by his side. I noticed that the melody already had lyrics,
but they weren't sung by him. He placed his hands on the piano again, asked me to
join him and began to play the first notes drawn on the sheet. The lyrics were
beautiful and I was enchanted. The papers came to an end and the last notes
were thrown in the air. I didn’t know what to do when they shut and the silence
come. I looked at those blue eyes and I must have blushed. Now, the melody that
was being played, was inside of me. I closed my eyes and let it take place, letting
it take us.
http://restockyourmind.blogspot.dk/2012/11/entre-notas-e-sorrisos.html
(Translated with help) Maria Luísa Lange
(Translated with help) Maria Luísa Lange
Entre notas e sorrisos
A música passava pelas paredes da sala. Aquela
melodia, recém-escrita por ele, era tocada ao piano. Notas chegaram aos meus ouvidos quando passei
pelo corredor. Diminui a velocidade do passo e percebi que ali estava sozinha.
Somente ele e sua melodia me faziam companhia. Respirei fundo, abri a porta e
sem nenhum barulho entrei na sala. Ele continuou e não percebeu minha presença.
Eu observava quieta, aquelas mãos que percorriam as teclas daquele grande piano
escuro. Mesmo sem vozes e letras que contassem uma história, percebi que ele
sentia algo.
Ele se virou e percebeu que eu o assistia. Com aquele
sorriso encantador fez sinal para que sentasse ao seu lado. Percebi que na
verdade aquela melodia já tinha uma letra escrita, porem não era cantada por
ele. Ele apoiou suas mãos no piano novamente, pediu para que o acompanhasse e iniciou
da primeira nota desenhada na partitura. A letra era linda e me encantava. As
folhas chegaram ao final e as últimas notas foram jogadas ao ar. Não sabia o que
fazer quando elas se encerrassem e o silencio surgisse. Trocamos olhares e devo
ter corado. Agora a melodia que tocava era dentro de mim. Fechei os olhos e
deixei-a que tomasse conta de tudo, deixei-a tomar conta de nós.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Agora no sol
Três meses de choro, de felicidade, de mil novidades.
Aqui aprendi a viver por mim. Com vocês, mas por mim. Meu coração e minha mente
agora conduz meu ano. Convivi com oldies que mudaram minha forma de pensar e me
fizeram abrir os olhos para o que passa muito rápido em minha frente. Muita
coisa me animou, me fez gargalhar, chorar de rir, chorar de saudade. Senti coisas
que estava acostumada e senti coisas nunca sentidas anteriormente. Vivi muito
em três meses e aprendi mais ainda. Aprendi mais sobre quem sou, como sou e o
que aqui me tornei. Pessoas conheci e convivi. Observei desconhecidos na rua e
seus sentimentos expressos em seus rostos. Amigos especiais me ajudaram a
manter os pés no chão, a eles agradeço. Minha família, de longe, me mandando
energias e forças positivas. Pessoas que entraram na minha vida por algum
motivo e que por tudo que significam ficaram pra sempre aqui. Dessa vez
lagrimas não escorreram. Elas já caíram hoje mais cedo enquanto caminhava para
casa, desde que pisei fora do ônibus. Pensava em mil coisas ao mesmo tempo. Em minha
boca machucada do frio surgiu um sorriso pacato, ao mesmo tempo em que gotas
escorriam em minhas bochechas. Leves soluços interrompiam meus pensamentos. Respirar
fundo, contar tudo o que sentia, não conseguia. Ao chegar a casa fui acolhida
por um abraço forte. Pensamentos se alinharam e tomaram seus rumos. Agora um
sorriso surge forte em meu rosto. Descobri o que eu quero e que quero viver por
mim. Se quiser me acompanhar serás bem vindo, mas da sua sombra eu saí.
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