domingo, 12 de maio de 2013

Mãe

Ela que suportou nove meses de peso extra, enjoos, abstinência alcoólica e cansaço. Ela que aguentou todas as contrações e dores insuportáveis. Que passou noites acordada para que seu bebê dormisse como um anjo. Ela que trocava fraldas com odores desagradáveis, que dava seu peito a alimentar sua menina não importava a hora da fome e que com ajuda de cascas de banana aguentou a forte acidez da saliva da sua pequena.


Ela que ajudava a se vestir para a escola, quem escovava e trançava o cabelo até que ficasse perfeito. Ela a quem contava sobre meninos, quem te escutava e não julgava, que não ria dos amores de menina. Ela que manteve existente toda magia de contos de fada.

Ela que sempre estava lá para te acolher, que por mais que o corte fosse pequeno cuidava com carinho, passava remédio e finalizava com um beijo pra sarar. Ela que te ensinou a pintar as unhas e a passar batom. Ela que te explicou o que era menstruação, que te levou pela primeira vez no ginecologista e ela quem riu de você na sua primeira sessão de depilação. Ela quem estava sempre lá, segurando sua mão ao tomar vacina, ao tirar sangue e a secar tuas lagrimas. Ela a quem contasse do teu primeiro beijo e que te dava mil conselhos. Ela que ilegalmente te ensinou a dirigir. Ela que por você mataria e morreria.

Ela que me fez enxergar a vida iluminada, que me fez abrir os olhos e acreditar em anjos. Ela que me ensinou a amar, perdoar, esquecer. Ela que me ensinou a viver, que me deu a mão, que me suportou nos primeiros passos. Com ajuda de um maravilhoso homem ao seu lado fez tudo isso sendo a pessoa mais pura, incrível e linda que já conheci.

Mais de dez mil quilômetros longe de você. Abraço-te em 57 dias e amo-te eternamente.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Infância


Saudade dos tempos de criança, brincando na lama recém formada pela chuva. Fantasiar bonecas que teriam vidas perfeitas. Hoje bateu saudade de um mundo inocente, do sonho com o menino da outra cidade passeando na praia de mãos dadas. Saudade de um universo puro onde tudo era novo e me impressionava. Quero descobrir mais, quero suspirar, perder o ar.

Meus pais ao meu lado cuidando do corte milimétrico que teria no dedo. Meu pai me provocando até que ficasse com a carinha de brava que ele tanto adorava (devia adorar porque as provocações eram infinitas). Saudade de sentar na cama ao lado da minha mãe e contar, sem controlar o sorriso imenso no meu rosto, que o menino que eu gostava tinha me dado ‘oi’. Saudade de brincadeiras e brigas com meu irmão que acabavam com um ‘eu também te amo’ na minha mente e saudade de adorar os amigos encantadores dele.

Saudade de um mundo narrado em português, com clima quente e um cheiro de mar. 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Men det er på portugisisk


Nossos corações não sabem mais o que pensar, indecisos, convencidos que algo daria certo. Um romance, um café, uma taça de vinho em uma noite estrelada. Palavras doces, um buquê de flores, viver um filme. Difícil perceber sinais e ter que forçar seu coração a ignora-los, porque agora no fundo sei que não significam nada. Porque um dia acreditei? Algum dia eu ainda tive esperança de tê-lo ao meu lado. Fotos sob a luz do sol do verão, de um perfeito anjo na neve. Já tive esperança de tê-lo meu, nem que se fosse por pouco tempo, alguns dias, horas, alguns segundos. Algo toma conta do meu peito. Não é o batimento forte que já tive, é um choro controlado, um coração machucado. Essa melodia vai e vem a minha mente, mas nunca se vai de vez. Deveria ir, pra longe de mim. Tirar-te daqui de perto, tirar qualquer batimento forte que queira voltar, tirar você de mim.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Leave the light on


Then he said: don’t turn off the light. Because every second when we defy the laws of physics and we try to be one, I want to see you. I want light to bright your brown eyes that shine while they look at me, bright every little piece of you. Don’t turn the light off just because you may be shame of your defects, for me they are perfections. Don’t turn off the light trying to hide any marks of the soft drink you drank yesterday or of the chocolate you have eaten this morning. When I have you with me, in a random bed, I don’t care about what you hate in yourself. I cannot find something I could hate, not even with the lights on. So, don’t turn off the light. I will let my eyes open and don’t be shy when they roam every millimeter of you delicious body. The curve of your breasts, of your butt, your amazing thin waist. Because when I have you mine, I want to see you, explore you, know you. Lastly I beg you, leave the light on. 

[Translated]

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Te imploro


Então ele disse: não apague a luz. Porque todo segundo que desafiarmos as leis da física e tentarmos ser um só, quero te ver.  Quero luz para iluminar seus olhos castanhos que brilham quando me olha, iluminar cada cantinho de você. Não apague a luz por vergonha de seus defeitos, para mim eles são perfeições. Não apague a luz tentando esconder alguma marca do refrigerante a mais que tomou ontem ou do chocolate que comeu nessa manhã. Quando te tenho comigo, numa cama qualquer, não ligo pro que você odeia em você. Não encontro o que odiar, nem com luzes acesas. Então, não apague a luz. Deixarei meus olhos abertos e não se envergonhe quando eles percorrerem cada milímetro do seu delicioso corpo. A curva dos teus peitos, da tua bunda, sua incrível cintura fina. Porque quando te tiver minha, quero te ver, te explorar, te conhecer. Então por fim te imploro, deixe a luz acesa.