Naquele
banco do parque teus olhos brilhavam com tanta certeza de dor. A dor que eu te
causava. Com poucas palavras quis tirar a faca do teu peito, cicatrizar teus
cortes, curar tuas dores. Beijar tua boca e tirar toda tua angustia, tua
agonia. Te curei por pouco tempo, desejava eu curar de vez. Até que voce se
apunhalou novamente e abriu novos rasgos. Repetidas vezes fez-se sangrar. Teu
corpo não reagia mais. Tua mente não raciocinava direito. O mundo ainda girando
e voce sem saber o que fazia nele. Até que então, teu coração parou. Gelado,
frígido, não amava mais. Ou melhor, será que já amou?