quinta-feira, 28 de junho de 2012

A(calma)-me

Ele pergunta o que me aflige, respondo que hoje tudo me aflige. Acordei bem, mas o desenrolar da manhã me provocou angustia somada com nervosismo ‘pré-prova’. Não estava bem. Procurei conforto após o almoço, mas não encontrei. Tudo piorou e me vi perdida em vozes da minha cabeça. Eu não sabia o que falavam, mas sabia que estavam lá provocando caos continuo. Ao caminhar cada passo que eu dava era menos tempo pra mim. Menos tempo para que eu pudesse me acalmar e organizar minha mente. Ao atravessar a última rua quase desabei. Tive que conter meus olhos cheios de lagrima que insistiam em se formar . Era tarde porém procurei o abrigo que deveria ter procurado anteriormente. – Mãe, não estou bem. – Esperando resposta respirei fundo algumas vezes. O celular tocou e ao atender tudo que havia acumulado escorreu pelo meu rosto de uma vez só. Encontrei calma lentamente. Eu sabia que tinha uma prova a fazer e por mais que quisesse não podia escapar. Entrei na sala e em silencio sentei. Durante trinta minutos fiz tudo. Lia as frases e perguntas, mas sabia que minha mente não estava completamente lá. O sinal bateu e me trouxe alívio. Me sentia sufocada naquela sala. Saí rapidamente, respirei ar puro e fui buscar o abrigo que um dia quis e achava ter, possivelmente, encontrado.