Passo frio, muito frio, deitada sozinha envolvida em
meio a esse edredom que não existe igual. Tenho tosse continua que cada vez dói
mais. Falar com ele me fez bem. Apesar do desejo de tê-lo aqui me atrapalhar.
Desconfortável nessa cama escrevo pra mim, com medo que se ver esses textos
mude algo. Me abro neles e tenho medo desse ato. Queria que viesse aqui e
fazendo cafuné e me dissesse que tudo ia ficar bem. As palavras da conversa se
tornam distantes seguidas por um silêncio. Ele sai e em meio a um suspiro
sussurro para mim mesma - tchau, fique bem, se cuida e lembre-se de mim. Antes
que pudesse concluir a frase, tusso novamente, meu coração aperta e uma lagrima
escorre.