terça-feira, 10 de julho de 2012

Fala

Onze da noite, não penso nisso, ainda tenho esperança na vida real. Só me dou conta quando acordo de que não quero levantar, quero ficar na minha cama quente, voltar a dormir, voltar a sonhar. Antes de dormir imagino uma série de coisas que poderiam acontecer. Durmo pensando que talvez dessa vez vá sonhar com o que quero. Quando acordo não lembro o que sonhei, mas me sinto bem. Apesar disso não quero enfrentar o mundo real. Desejo fechar os olhos e voltar a um sonho em que nada existe além de nós. Todas as preocupações e pessoas chatas ao meio disso desaparecem. Nossa relação torna-se uma coisa boa, não essa obrigação, papo sério e problemas que teimamos em criar onde nada existe. Como crianças paramos de nos falar por algum tempo. Fico chateada por não saber o motivo certo. Chateada com o que nos tornamos sendo que poderíamos ter uma amizade melhor que essa. Atitudes sem pensar, cabeça quente revela muita coisa. Aprendo a parar e respirar. Escrever e me acalmar. Tentar entender, só tentar, e esperar que ele se acalme e resolva falar.