segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Glem det ikke


Bibi, Gabriel, oldie, min smukke. Tantas maneiras de chamar uma pessoa só. Hoje tive um nó na garganta ao pensar que daqui a dois meses poderei chamar qualquer um desses nomes e gritar o mais alto que puder que você não irá escutar, não estará por perto. Caminhei me falando para tirar essas palavras e frases da cabeça que agora me fazem mal. Não as escrevi então esqueci metade do que escreveria agora. Foi bom que tirei da mente, porque certamente me faria ter lágrimas escorrendo no rosto. Essa semana, com você longe, me mostrará como é estar aqui sem você, um teste antes de você realmente se for. Quem vai me obrigar esperar o próximo ônibus? Quem vai sentar comigo no parque próximo verão? Quem vai me fazer perder a janta em casa pra comer uma pizza na estação? Quem me dará um abraço confortável e me suportar nas piores crises? Mais que um oldie eu te tenho como meu porto seguro. Sei que se estiver perdida e sem saber o que fazer e te ligar pedindo ajuda, você irá me acalmar. Você me traz segurança e temo perder isso. Não quero que se vá. Quero que fique aqui deitado na grama ao meu lado, me provocando e logo me fazendo sorrir.  Promete que quando voltar não me deixará só, promete que me encontrará quando eu voltar também. Só promete não esquecer.